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Passeando pela Rua da Matriz

Agora que já sabemos sobre o Coronel Benedito Pires, vamos falar sobre algumas curiosidades dessa rua...


O passeio começa em frente à catedral, sabemos que existe um terreno ao lado dela onde antes do surgimento do cemitério municipal, era usado como cemitério dos pobres, já que os ricos eram enterrados dentro das igrejas. Depois nesse local foi construído o prédio da Ação Católica iniciado em 1935 e depois de sua demolição agora abriga um jardim.

Acervo: MHS - 1929


Do outro lado da rua na esquina da Rua da Matriz com a Dr. Braguinha, existia o casarão de Antônio Xavier de Araújo, na qual morava com a família. Depois de algum tempo e outros moradores, o casarão passou a ser do Circulo Italiano que o utilizou até 1941, quando em virtude da guerra o governo brasileiro confiscou o imóvel que passou a ser utilizado como Departamento do Trabalho até que foi devolvido ao clube em maio de 1950. Depois da demolição do casarão para a construção do prédio, o térreo foi usado pela Loja A Regional e atualmente é utilizada pela Loja da Claro.

Foto: Pedro Neves dos Santos, 1923 - Acervo: MHS


Próximo ao monumento do Monsenhor João Soares feito pelo artista Ernesto Biancalana e inaugurado em 5 de março de 1944, existiu antes um relógio de sol fundido na Real Fábrica de Ferro de São João do Ipanema sobre um pedestal feito pelo próprio Padre Luís. O relógio foi levado para o Seminário Diocesano na Avenida Eugênio Salerno e atualmente sem encontra na Cidade Universitária da UNISO.

Acervo: MHS - 1928


Nesse prédio que atualmente se encontra a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, inicialmente foi instalada a Secretária da Fazenda do Estado, num prédio recém-construído pelo grande empreendedor José Miguel Saker Filho, sendo que nesse local existia anteriormente ao prédio o casarão do politico e benemérito Cel. Manoel Nogueira Padilha, o grande homenageado com seu nome na antiga Rua dos Morros.


Chegando ao imóvel na esquina que foi outrora a sapataria de Vicente Caputti, em seguida a Farmácia Coimbra, Silva & Cia em 1901. Depois no mesmo local foi instalada a Farmácia Confiança de Isauro da Costa Dias e seu irmão Terêncio e com a mudança dessa farmácia para outro quarteirão, o lugar foi ocupado pelo Bar Castelo que vendia curiosamente lei gelado, uma novidade na época. Novamente entra em cena José Miguel Saker Filho que constrói nesse terreno o famoso Hotel Ferrareto que foi inaugurado em 1965, com várias celebridades como hóspedes e atualmente se tornou um centro comercial.


Nesse ponto da rua foi construído por Luigi Lava em gesso e madeira em julho de 1927, um arco do triunfo em homenagem a primeira travessia sobre o Oceano Atlântico realizado pelo avião Jahú.


Depois do arco, à esquerda onde existiam as casas nº 7 e nº 9, morou em uma delas o dono da Farmácia Central, também vereador e vice-prefeito da cidade, e um dos que ajudaram durante a epidemia de febre amarela de 1900, Aníbal da Costa Dias, que tinha uma chácara na Avenida General Carneiro que quando foi loteada deu origem ao Jardim Costa Dias.


Nesse local onde existiam as duas casas, foi construído o Cine Caracante, que ainda precisou da compra de alguns quintais de casas na Rua Padre Luiz para completar a extensão do cinema. Foi inaugurado por Jorge Caracante, proprietário da empresa cinematográfica em 4 de janeiro de 1942. Virou Teatro América, cinema novamente e atualmente o prédio está sendo utilizado pelas Lojas Americanas.


Acervo: Jornal Cruzeiro do Sul


Antigamente a Rua da Matriz só chegava até a Rua da Penha, onde um casarão fechava a passagem. A primeira desapropriação em Sorocaba que se tem noticia foi desse casarão em 1800, para abertura até a Rua de Santo Antônio.


Chegando a esquina com a Rua da Penha, onde atualmente se encontra o Edifício Dr. Arthur Cyrillo Freire, foi construído um sobrado em 1850, pelo último capitão-mor, antes da Independência, Manoel Fabiano Madureira que morreu antes de vê-lo terminado. Nesse local foi a loja de ferragens de João Basílio de Oliveira, rico comerciante que tinha uma chácara no mesmo local, onde já foi a Chácara Sonia Maria e atualmente se localiza o Carrefour.


Acervo: MHS


Nesse mesmo sobrado foi a sede provisória do Sorocaba Clube, enquanto estava sendo construída a nova sede no mesmo local da antiga na Rua São Bento. Mais tarde o professor Arthur Cyrillo Freire o comprou, trazendo a escola do comércio, futura OSE para essa nova sede.


Chegando a Padaria Americana, que no fim de 1800, foi uma padaria do pai do Padre Vannucchi, depois pertenceu a Ritinha Tavares e em seguida de um alemão que não conseguir mantê-la e fechou.


Eduardo Antônio Hingst a reabriu em 1915 e a vendeu por volta de 1929. Miguel Ferrando da família Ferrando da famosa Casa Luiz Ferrando de São Paulo também foi um dos proprietários. O dono seguinte foi Jacinto Dias que em 1932 vendeu a Antônio Hidalgo que a manteve até 1941, quando Belmiro e Alfredo Patelli a compraram. De lá para cá a família Patelli foram os donos e a administraram sendo assim que se mantém atualmente, em pleno funcionamento.


E aqui chegamos ao fim do nosso passeio, com a vista do Edifício Santo Antônio que outrora foi a igreja de mesmo nome e que já falamos anteriormente.

Acervo: MHS - 1924


Fontes:


Ruas de Sorocaba – Coluna de Rogick Vieira no Jornal Cruzeiro do Sul em 1975;

História de Sorocaba de Aluísio de Almeida;

Biografias Sorocabanas de Aluísio de Almeida;

Minha Terra, Minha Gente de Caputti Sobrinho;

Jornal Cruzeiro do Sul – 02/08/1910; 06/08/1910; 09/08/1910; 16/06/1946; 03/05/1969; 03/12/1969; 11/06/1989;

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